#Resenha: "Três Desejos" de Barbara Delinsky

Quando em outubro uma nevasca atingem a pequena cidade de Panamá, no Estado de Vermont, cobrindo-a com uma espessa camada de neve, cria-se um cenário de tanta tranqüilidade que ninguém desconfia da tragédia que esta prestes a ocorrer, muito menos Bree Miller.

Ao sair do restaurante em que trabalha, escorregando e caindo ao voltar a pé para casa, Bree mal tem tempo de perceber a caminhonete que derrapa em sua direção. Ao acordar no hospital, lembra pouco do acidente ou das horas subseqüentes, exceto pelo aparecimento de uma luz intensa, um sorriso extasiado e um som místico que lhe concede a realização de três desejos.

Tom Gates envolve-se no acidente. Novo na cidade, ele é um escritor de sucesso, que abandonou a família em busca de fama e fortuna. Agora, rejeitado pela família e pelos amigos, esta em Panamá para refazer sua vida. E Bree torna-se o seu principal motivo.

Para Bree, auto-suficiente e independente, a vida muda de maneira dramática. Subitamente, tem ao seu alcance aquilo que sempre desejou: um lar, uma alma gêmea, uma família. Mas há problemas que não foram resolvidos: a mãe, que abandono Bree quando ela ainda era bebê; a profunda saudade que Tom sente de sua família; a afirmação dos médicos de que Bree nunca mais poderá ter filhos. E há também os três pedidos.

Mas, esses pedidos são mesmos reais? E se forem, qual será o preço a pagar?

Vou começar sendo honesta: este livro é um desperdício de papel. E sendo assim, um desperdiço de árvore que poderia estar transformando o gás carbônico em ar, para que eu e você possamos respirar.

A estória é extremamente entediante. Não há nada, absolutamente nada que me fez querer ler descontroladamente ou pelo menos ficar um pouco interessada no livro.

O problema não a narrativa, mas a estória em si. Fala somente sobre a vida do casal. Não há nenhum possível inimigo que está tentando tirar a mocinha dos braços do mocinho.

Nada.

A estória é apenas a vida desse casal, como eles se conheceram, e como eles fazem para lidar com pequenos problemas que são extremamente entediantes do dia a dia. Claro, há o acidente de Bre, que sem ele nada teria acontecido, mas também não faz diferença, pois a estória não melhora.

O final é pior ainda. Eu quase vomitei de tanto clichê. Francamente, que falta de criatividade! Li fanfics mereciam se tornar livros bem mais do que esse, e ao invés deles temos...esse livro...