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5.05.2015

#Resenha: "Gregor, O Guerreiro da Superfície" de Suzanne Collins


“É simples cair, mas subir exige muita doação”

O pai de Gregor, de 11 anos, desapareceu há mais de dois anos, o que tornou a vida do menino muito difícil. Mas tudo se complica ainda mais quando ele cai através de um duto de ventilação na lavanderia do prédio onde mora, e encontra um incrível universo desconhecido sob a cidade de Nova York. Agora, apesar de seus protestos, o menino precisa liderar um estranho grupo de humanos e animais gigantes numa missão que pode salvar o Subterrâneo além de ser a única saída para encontrar seu pai.
Logo que comecei a ler este livro pensei: “Este deve ser o primeiro livro que Suzanne Collins escreveu”. Dito e feito! Perguntei para o Tio Google e ele me deu uma lista de todos os livros de Collins em ordem de publicação, e lá no topo está Gregor, O Guerreiro da Superfície. Eu particularmente gosto de ler o primeiro livro de um autor (a), principalmente uma boa autora como Collins. Assim é possível notar o quanto o autor evoluiu, não só em sua narrativa, mas também em sua estória.

Porém a narrativa não é um problema, e sim a estória. Em resumo ela é bem atrativa, inspirada em Alice no País das Maravilhas, mas com um tom bem “dark” que faz com que você ignore qualquer semelhança entre as duas estórias (tirando o fato de que ambos os personagens principais caem em um buraco). Porém não há nada nela que faça com que um leitor “devore” o livro, ela é bem tediosa, do início ao fim. Não há nenhum ápice, nada que tire o fôlego. E o final parece muito forçado, ou como se a estória fosse adiada justamente para ter uma continuação.

Acho que alguns dos personagens poderiam ter sido mais explorados, como Luxa por exemplo. Ela provavelmente deveria ser uma coadjuvante, mas o foco em Gregor foi tanto, que ela parecia um personagem comum, daquele tipo que morre e a gente fica triste, mas logo passa, sendo que ela tem um potencial muito bom para ser um bom personagem. Claro que houve alguns momentos em que Collins relata os sentimentos de Luxa, mas parecia que aquilo era só algo superficial.

O vilão da estória também foi algo bem superficial. O modo como eles lidam com ele, faz parecer que ele não é nada mais nada menos do que uma pedra no sapato de Gregor, sendo que a descrição de Collins, da a impressão de que ele é o pior dos piores de todos os vilões. Ou seja acho que faltou profundidade nesse personagem também, sem contar que o motivo dele ser um vilão também é algo bem superficial. Claro que ele podia ser um louco que só queria a destruição de tudo, mas nem mesmo essa característica foi atribuída a ele.

Em resumo, faltou muito nessa estória e apesar de não ser nem um pouco atraente, ela pode ser um bom livro para que está começando a ler. E apesar desses pontos negativos, eu ainda lerei os próximos volumes, com a esperança de que Collins já tenha melhorado e finalmente apimentado sua estória.




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